Pacote “Pacto de Varsórvia”

Sobre o pacote:

O Pacote Pacto de Varsóvia, iniciativa do Instituto Soyuz, nasce como um projeto de formação linguística voltado à compreensão e introdução das línguas e culturas dos países que protagonizaram a construção do socialismo na Europa Oriental. Mais do que um curso de idiomas, trata-se de uma proposta de educação internacionalista, voltada à pesquisa, à memória histórica e à retomada dos laços de solidariedade científica entre os povos do antigo bloco socialista.

O estudo de línguas como o russo, polonês, romeno, alemão, ucraniano, armênio e georgiano constitui ferramenta essencial para o pesquisador contemporâneo interessado em compreender as experiências históricas, políticas e tecnológicas do século XX que moldaram a geopolítica do trabalho, da energia e da ciência. Essas línguas não são apenas instrumentos de comunicação, mas veículos de sistemas de pensamento e produção intelectual que nasceram sob a égide de um projeto civilizatório alternativo ao capitalismo. As línguas do Pacto de Varsóvia são também as línguas da industrialização socialista, da engenharia coletiva e das vanguardas culturais que desafiaram a hegemonia ocidental no campo da ciência, da filosofia e da educação.

O russo, por exemplo, foi o idioma no qual Valentin Volóshinov e Mikhail Bakhtin desenvolveram as bases de uma teoria materialista da linguagem, relacionando o signo linguístico às condições sociais de produção discursiva; foi também o idioma da linguística soviética que, em nomes como Nikolai Marr, buscou interpretar a evolução das línguas à luz das formações econômico-sociais. No espaço polonês, a tradição filológica marxista encontrou eco em autores como Adam Schaff, que defendeu uma filosofia da linguagem articulada ao materialismo dialético e ao humanismo socialista. No contexto romeno, linguistas como Alexandru Rosetti e Emil Petrovici contribuíram para a sistematização científica da língua romena moderna, vinculando seus estudos às políticas educacionais e à planificação linguística do período socialista.

Na esfera do alemão oriental, pensadores como Jürgen Kuczynski e Manfred Buhr integraram a análise linguística às ciências sociais, enquanto os institutos de Berlim e Leipzig desenvolveram abordagens aplicadas à linguística comparada e à pedagogia socialista do idioma. O ucraniano, por sua vez, foi cultivado por estudiosos como Ivan Bilodid, que dirigiu a Academia de Ciências da RSS da Ucrânia e sistematizou o léxico técnico e científico da língua no contexto da industrialização soviética. O armênio e o georgiano, línguas de civilizações milenares incorporadas à construção socialista transcaucasiana, foram objeto de pesquisa de grandes linguistas marxistas locais, como Gevorg Jahukyan, autor da Teoria Geral da Linguagem (Erevan, 1977), e Arnold Chikobava, fundador da escola georgiana de linguística estruturalista-materialista, ambos comprometidos com a síntese entre tradição filológica e ciência socialista.

Do ponto de vista filológico e histórico-materialista, dominar essas línguas é penetrar nas fontes diretas de uma das mais ricas tradições científicas e filosóficas do século passado — aquela que construiu reatores, orbitou satélites e formou uma geração de intelectuais comprometidos com o desenvolvimento autônomo e a planificação racional da economia. Nesse sentido, o domínio linguístico é uma forma de reapropriação do conhecimento científico popularizado pelo socialismo real, permitindo ao pesquisador brasileiro e latino-americano acessar bibliotecas, arquivos e produções acadêmicas que permanecem inéditas em português.

O Pacote Pacto de Varsóvia oferece ao estudante 15 aulas assíncronas e mais de 20 materiais de consulta, com emissão de certificado, permitindo uma introdução sólida e comparativa às línguas e à história de seus povos. O valor simbólico do investimento reflete o compromisso do Instituto Soyuz com a educação popular e o internacionalismo proletário, reconhecendo o papel estratégico da formação linguística na construção de uma nova comunidade científica socialista.

Como sintetiza o lema do Instituto Soyuz:

“Uma educação popular, por um internacionalismo proletário.”

Valor (Pré-Venda): R$ 480,00

Lista de camaradas que contribuíram com o projeto:

Felipe Petersen
Ponai Mendes Rocha
Renan Makoto Yoshida Avelan
Luana Mirella Martins Rufino Alves
Gabriel de Lima Batista Oliveira
Ariel Couto Porto Alegre
Victor Hugo Girão Maia
Beatriz Camargo Belato
Julio Cezar Chaves Moura
Ítalo de Morais
Alexandre Martins