“É preciso sonhar, mas com a condição de crer em nosso sonho, de observar com atenção a vida real, de confrontar a observação com nosso sonho, de realizar escrupulosamente nossas fantasias. Sonhos, acredite neles.”

(ULYANOV, Vladimir Ilitch)

 

I. Objetivos do Instituto Soyuz

O Instituto Soyuz busca estabelecer-se como um farol de resistência educacional e cultural para as massas trabalhadoras, enfrentando a lógica hegemônica do capitalismo. Por meio de uma educação crítica e acessível, pretende-se desenvolver a consciência de classe e a capacidade organizativa dos estudantes, para que estes se tornem sujeitos históricos de transformação. Além disso, o Instituto almeja construir uma ponte sólida entre as tradições culturais dos povos oprimidos e a luta universal pelo socialismo.

Reconhecendo a importância do contexto histórico e das lutas de classes, o Instituto se posiciona como espaço de memória e articulação das culturas que resistem ao apagamento imposto pelo imperialismo. Essa missão é sustentada pelo compromisso de criar uma pedagogia que valorize não apeaas o aprendizado formal, mas também o fortalecimento das identidades culturais como ferramentas de libertação.

    1. Garantir a formação educacional de qualidade para as massas trabalhadoras, respeitando sua diversidade cultural e histórica.

    1. Proporcionar aos educadores e alunos condições para desenvolverem-se enquanto agentes transformadores em suas comunidades.

    1. Fomentar a solidariedade internacional, unindo trabalhadores, intelectuais e comunidades marginalizadas na luta por um mundo livre de exploração e desigualdades.

II. Princípios Fundamentais

A educação ofertada pelo Instituto deve ser mais do que um meio para aquisição de conhecimentos técnicos; deve ser um processo emancipador. Nesse sentido, a prática pedagógica seguirá os princípios da práxis revolucionária, unindo teoria e ação. Professores e alunos atuarão como camaradas e coautores do saber, rompendo com hierarquias tradicionais e fomentando um ambiente educacional verdadeiramente democrático e horizontal.

A solidariedade internacional será um valor orientador. Professores, alunos e coordenadores serão incentivados a participar de redes de apoio mútuo entre povos e culturas diversas, promovendo um diálogo global baseado na cooperação e na luta contra o imperialismo. O Instituto será um espaço onde a teoria socialista se materializa na prática cotidiana, reafirmando os laços entre educação e luta de classes.

    1. Educação Libertadora: A prática pedagógica deve levar à emancipação, ajudando professores e alunos a reconhecerem seu papel na transformação social.

    1. Horizontalidade: As relações entre professores, alunos e a coordenação serão marcadas por um respeito mútuo e pela construção coletiva de conhecimento.

    1. Autonomia Educacional: Professores terão liberdade de criar suas metodologias, enquanto alunos poderão participar ativamente da definição de suas trajetórias educacionais.

III. Estruturação de Cursos, Valores e Cotizações

Os cursos ministrados pelo Instituto devem garantir o máximo de acessibilidade, contemplando os diferentes ritmos de aprendizado e respeitando as limitações financeiras dos alunos. Cada curso será estruturado com base em uma metodologia dialógica, onde professores e alunos contribuem de maneira equitativa para a construção do conhecimento. Essa abordagem se fundamenta na compreensão de que a educação não é um ato mecânico, mas um processo de libertação.

A elaboração dos cursos também deverá incluir a utilização de tecnologias livres e acessíveis, garantindo que o ensino remoto ou presencial seja realizado sem barreiras tecnológicas ou financeiras. Sempre que possível, o Instituto incentivará a produção colaborativa de materiais didáticos que reflitam as realidades sociais dos alunos, buscando romper com modelos pedagógicos importados e descontextualizados.

Proteção aos Educadores:

    • Professores serão incentivados a compartilhar suas experiências e dificuldades em assembleias pedagógicas regulares, garantindo suporte emocional e técnico.

    • Estabelecer um fundo solidário para apoiar educadores em situações de vulnerabilidade.

Direitos dos Alunos:

    • Todo aluno terá acesso gratuito ou altamente subsidiado a materiais, bibliotecas digitais e cursos complementares;

    • O Instituto garantirá suporte técnico e pedagógico para alunos com necessidades específicas, incluindo acessibilidade digital.

Valorização da Produção Educativa:

    • Professores que desenvolverem materiais originais poderão contar com o apoio do Instituto para publicação e divulgação, valorizando seu trabalho e ampliando seu alcance.

    • Estimular a criação de projetos interdisciplinares que envolvam professores e alunos, promovendo o aprendizado colaborativo.

Mensalidade: 

As mensalidades do Instituto Soyuz têm como teto o valor de R$150,00, representando o compromisso com uma educação acessível e popular, alinhada aos princípios do socialismo e da democratização do conhecimento. Este teto financeiro é uma garantia de que nenhum estudante será excluído por razões econômicas, permitindo que trabalhadores e indivíduos em situação de vulnerabilidade participem das formações sem comprometer suas necessidades básicas.

A estipulação de um valor máximo visa evitar a mercantilização da educação, reafirmando que o objetivo principal do Instituto não é o lucro, mas a transformação social por meio do ensino. O limite reforça o caráter solidário e progressista do projeto, criando um modelo educacional onde o aprendizado é visto como um direito e não como uma mercadoria. Para garantir essa acessibilidade, o Instituto incentivará a arrecadação de fundos, subsídios e bolsas integrais para os alunos que não puderem arcar com os custos, promovendo uma política de inclusão total.

No caso dos educadores, o teto das mensalidades também leva em consideração a necessidade de um equilíbrio ético entre a valorização do trabalho docente e a viabilidade econômica dos cursos. Ao estabelecer esse limite, o Instituto reconhece o esforço e a dedicação dos professores, oferecendo-lhes autonomia para ajustar a carga horária e o número de alunos por turma, maximizando o impacto educacional e o retorno financeiro justo dentro de um modelo ético e solidário. Essa abordagem reflete o compromisso do Instituto com uma educação de qualidade, acessível e alinhada aos princípios de igualdade e justiça social.

Cotização:

O Instituto Soyuz estabelece uma política de cotização de 5% sobre a receita gerada pelos cursos ministrados, como forma de fortalecer a sustentabilidade financeira da instituição e ampliar sua capacidade de atuação. Este percentual será recolhido de maneira justa e transparente, garantindo que todos os educadores contribuam para a manutenção e expansão das atividades do Instituto, sem comprometer sua autonomia ou remuneração digna.

A cotização reflete o princípio de solidariedade coletiva, em que cada membro contribui de acordo com suas possibilidades para o benefício comum. Os recursos provenientes dessa contribuição serão destinados prioritariamente aos camaradas que atuam na administração do projeto, para subsidiar bolsas de estudo, aquisição de materiais didáticos, organização de eventos e desenvolvimento de novas iniciativas educacionais. Essa prática assegura que o Instituto possa continuar oferecendo uma educação de qualidade e acessível, especialmente para os alunos em situação de vulnerabilidade econômica.

Para garantir a equidade, a cotização será aplicada de forma proporcional à receita líquida de cada educador, respeitando as diferenças na demanda e na capacidade econômica dos cursos. Além disso, os educadores terão acesso à prestação de contas detalhada do uso desses recursos, fortalecendo a transparência e a confiança mútua. Essa política de cotização reforça o caráter comunitário do Instituto, unindo professores, alunos e coordenadores em uma rede de apoio mútuo e compromisso com a transformação social.

IV. Ampliação das Brigadas Linguísticas

A expansão das brigadas linguísticas será conduzida com base em demandas sociais identificadas em diálogos com as comunidades atendidas pelo Instituto. Essas brigadas não apenas oferecerão ensino de línguas, mas também abordarão o contexto histórico e político das culturas representadas, permitindo que os alunos compreendam as dinâmicas de opressão e resistência que moldaram essas sociedades.

Além disso, as brigadas desempenharão um papel crucial na preservação de línguas ameaçadas de extinção, reafirmando o compromisso do Instituto com a diversidade cultural e linguística. As novas brigadas terão autonomia para criar projetos específicos, como traduções de obras revolucionárias e organização de eventos culturais, fortalecendo a luta contra a homogeneização cultural imposta pelo imperialismo.

Criação de Novas Brigadas:

    • As brigadas poderão ser criadas com base em línguas que expressem a resistência de povos colonizados ou ameaçados, países do antigo bloco socialista e nações de aproximação ideológica ao multipolarismo e anti-imperialismo.

    • A inclusão de línguas indígenas e africanas, como Tupi, Quíchua, Amárico, Suaíli, Iorubá e Xossa, será priorizada, promovendo uma visão anticolonialista.

Integração Entre Brigadas:

    • As brigadas deverão colaborar em eventos culturais e educacionais conjuntos, permitindo que alunos e professores conheçam outras línguas e culturas de forma integrada.

V. Recrutamento e Formação de Educadores

O recrutamento de educadores será acompanhado de um rigoroso processo de formação, que garantirá a adequação ideológica e pedagógica dos novos membros ao projeto do Instituto. Essa formação incluirá estudos sobre pedagogia revolucionária, marxismo-leninismo e as particularidades das culturas representadas nas brigadas linguísticas. Além disso, os novos educadores serão inseridos em círculos de formação contínua, onde poderão trocar experiências e fortalecer sua atuação.

O Instituto reconhecerá a importância dos educadores como agentes de transformação, oferecendo suporte técnico, psicológico e material para que possam desempenhar suas funções com excelência. Para isso, serão criados mecanismos que permitam aos professores expressar suas demandas e desafios, fortalecendo o senso de pertencimento e colaboração dentro da comunidade educacional.

Processo Justo e Inclusivo:

    • O processo de recrutamento priorizará candidatos que demonstrem compromisso com os princípios do Instituto.

    • Criar programas de formação continuada para capacitar educadores, incluindo seminários e oficinas sobre pedagogia popular.

Condições de Trabalho:

    • Professores terão direito a horários flexíveis e suporte logístico para ministrar aulas, assegurando uma carga de trabalho justa.

    • Garantir que todo educador tenha acesso a um ambiente de ensino acolhedor e que priorize o respeito e a solidariedade entre camaradas e alunos.

VI. Direitos e Responsabilidades dos Alunos

Os alunos terão direito a uma educação que não apenas os capacite tecnicamente, mas que também os inspire a compreender e transformar suas realidades sociais. Serão incentivados a participar de maneira ativa em todas as etapas do processo educativo, incluindo a elaboração de materiais, a avaliação de cursos e a organização de eventos pedagógicos. Essa participação garantirá que o aprendizado seja significativo e conectado às suas experiências de vida.

Além disso, os alunos deverão cumprir com as obrigações estipuladas no documento “Estatuto do Aluno”, que define as diretrizes de conduta, participação e compromisso com os princípios do Instituto Soyuz. Este documento será de conhecimento obrigatório de todos os estudantes, sendo a sua adesão uma condição para participação nas atividades educacionais. O cumprimento do Estatuto do Aluno é essencial para a manutenção de um ambiente educativo respeitoso, solidário e alinhado com os valores do internacionalismo proletário e da luta contra as opressões.

Ao mesmo tempo, os alunos terão a responsabilidade de contribuir para a construção de um espaço educacional coletivo, onde as diferenças sejam valorizadas como elementos enriquecedores. A disciplina no Instituto não será imposta de forma hierárquica, mas construída coletivamente, com base no compromisso ético com os princípios de igualdade, solidariedade e luta conjunta pela emancipação das massas populares.

Direitos:

    • Acesso irrestrito à educação de qualidade, independentemente de condições financeiras, sociais ou geográficas.

    • Participar de debates e tomadas de decisão que impactem sua experiência educacional, assegurando uma voz ativa na estruturação dos cursos.

Responsabilidades:

    • Respeitar a diversidade dentro e fora das salas de aula, combatendo preconceitos e opressões.

    • Contribuir com o fortalecimento do Instituto, seja por meio de iniciativas solidárias ou pela participação ativa em eventos e atividades comunitárias.

    • Leitura e concordância completa com o “Estatuto do Aluno”.

VII. Finanças

O financiamento do Instituto será baseado em princípios de autossustentação e solidariedade de classe. Campanhas de arrecadação, parcerias com movimentos sociais, cotizações e mensalidades e doações voluntárias serão os pilares para garantir a continuidade das atividades. Além disso, os ex-alunos serão incentivados a contribuir para o fortalecimento do Instituto, seja financeiramente ou por meio da divulgação de suas atividades.

Autossustentação Coletiva:

    • Estabelecer campanhas de financiamento coletivo para garantir a continuidade do Instituto sem depender de fontes externas que comprometam sua autonomia.

    • Criar redes de apoio entre ex-alunos, educadores e parceiros para ampliar a sustentabilidade financeira e pedagógica do projeto.

Redução de Custos para Alunos:

    • Além dos valores limitados para mensalidades, oferecer isenção completa para alunos que comprovem situação de extrema vulnerabilidade econômica.

    • Implementar programas de apadrinhamento onde alunos mais capacitados ou ex-alunos possam auxiliar outros com materiais e suporte educacional.

VIII. Mobilização Internacionalista

O Instituto será um ponto de articulação entre movimentos educacionais e culturais de diferentes partes do mundo, promovendo a troca de experiências e a construção de alianças estratégicas. Por meio de eventos internacionais, como congressos e seminários, alunos e professores terão a oportunidade de dialogar diretamente com lideranças e militantes de outros países, fortalecendo a luta global contra o imperialismo.

Alianças Globais:

    • Promover a troca de experiências pedagógicas com outras organizações educacionais de caráter popular, socialista e/ou anti-imperialista ao redor do mundo.

    • Organizar missões culturais e educacionais que incentivem a prática do internacionalismo em ações concretas.

Eventos:

    • Realizar eventos anuais, como festivais culturais e simpósios educacionais, destacando as contribuições históricas de povos oprimidos para a luta contra o imperialismo.

A centralidade da experiência histórica

O Instituto Soyuz reconhece a importância de resgatar e defender as experiências históricas dos Estados e movimentos socialistas como parte fundamental da educação popular. Essas experiências, embora marcadas por desafios e contradições, demonstraram que é possível organizar sociedades baseadas nos princípios de igualdade, solidariedade e planejamento coletivo. Conforme apontado por Vladimir Lênin em O Estado e a Revolução: “Somente na sociedade comunista, quando a resistência dos capitalistas estiver completamente esmagada […] somente então a democracia será completa e verdadeiramente igualitária” (Lênin, 1917). A partir dessa perspectiva, a defesa dessas experiências é essencial para orientar novas gerações na construção de um futuro socialista.

Aprendizado crítico e dialético

A defesa histórica das experiências socialistas não significa ignorar os erros ou desafios enfrentados, mas analisá-los com uma abordagem crítica e dialética. O Instituto adota o princípio leninista da “autocrítica revolucionária” como ferramenta pedagógica, promovendo o debate honesto sobre os avanços, limitações e contradições dessas experiências. Em Esquerdismo: Doença Infantil do Comunismo, Lênin argumenta que “É preciso estudar, buscar, trabalhar tenazmente para corrigir nossos erros, aprender a descobrir as causas dos erros e prevenir sua repetição no futuro” (Lênin, 1920). Com isso, a educação se transforma em uma prática que capacita alunos e professores a refletirem sobre o passado com vistas a transformar o presente e o futuro.

Valorização dos avanços sociais e econômicos

As experiências socialistas do século XX, como a União Soviética e a República Popular da China, trouxeram conquistas extraordinárias em áreas como educação, saúde e direitos sociais. Por meio de debates e materiais educativos, o Instituto destacará como essas sociedades demonstraram o potencial do planejamento econômico centralizado e do poder popular organizado. Lênin, em Sobre a Cooperação, enfatiza que “Sob o poder soviético, toda a cooperação social se torna uma organização socialista que substitui a exploração capitalista” (Lênin, 1923). Essa visão será resgatada para mostrar aos alunos que o socialismo não é apenas uma teoria, mas uma prática que transforma radicalmente as condições de vida das massas trabalhadoras.

Combate ao revisionismo e ao imperialismo

Outro pilar da defesa das experiências socialistas é o combate ao revisionismo histórico e às narrativas imperialistas que buscam distorcer e deslegitimar os avanços dessas sociedades. Conforme apontado por Lênin em Imperialismo, Fase Superior do Capitalismo, as potências imperialistas utilizam-se de narrativas manipuladas para justificar sua dominação global. “O imperialismo é a véspera da revolução social do proletariado” (Lênin, 1916), destacou ele. O Instituto Soyuz atuará como um espaço de resistência cultural e intelectual, oferecendo uma educação que questiona essas narrativas e resgata a verdade histórica a partir de fontes confiáveis e análises materialistas.

O socialismo como inspiração para o futuro

Por fim, a defesa das experiências socialistas não será apenas um resgate histórico, mas uma inspiração para as lutas contemporâneas. Ao estudar a história de sociedades que buscaram romper com as estruturas capitalistas, alunos e professores encontrarão elementos que possam ser adaptados às realidades atuais. Em O Que Fazer?, Lênin afirma: “Sem teoria revolucionária, não há movimento revolucionário” (Lênin, 1902). O Instituto se compromete a fornecer essa base teórica e prática, promovendo o socialismo como alternativa viável ao sistema capitalista e reafirmando o papel da educação popular como ferramenta para a emancipação das massas e construção de um novo mundo.

IX. Política de Combate ao Assédio e acompanhamento interpessoal no Instituto Soyuz

“Toda a educação, toda a instrução e todo o ensino da juventude contemporânea devem desenvolver nela a moral comunista. Mas existe uma moral comunista? Existe uma ética comunista? É evidente que sim. Pretende-se muitas vezes que nós não temos uma moral própria, e a burguesia acusa-nos com frequência de nós, os comunistas, de negarmos toda a moral. Isto não é mais que uma manobra para adulterar os conceitos e deitar poeira nos olhos dos operários e dos camponeses. Em que sentido negamos nós a moral, a ética? Negamo-la no sentido que lhe dava a burguesia, que punha na base da moralidade os mandamentos divinos (…) Dizemos que a nossa moralidade está por completo subordinada aos interesses da luta de classe do proletariado. A nossa tem por ponto de partida os interesses da luta de classe do proletariado. A base da moralidade comunista está na luta para reforçar e levar a cabo a edificação do comunismo. Essa é a base do estudo, da educação e da instrução comunistas. Tal é a resposta à pergunta de como há que aprender o comunismo.” 

Camarada Vladimir Ilyich Ulianov, discurso ao III Congresso União da Juventude Comunista da Rússia, em 1920

: Proibição de Condutas de Assédio

É veementemente incabível em nossa Instituição qualquer conduta que se caracterize como assédio, sem distinção de gênero. Contudo, será dada maior atenção aos casos que se caracterizam como misóginos, machistas, homofóbicos, racistas e classistas. Esta moral não se refere à moral comunista (Krupskaya, Discurso no Sexto Congresso da Liga da Juventude Comunista Leninista Russa, 1924), mas sim a uma conduta que deve estar amparada na luta pela emancipação de todos os tipos de opressão, reconhecendo que dentro do capitalismo essas opressões assumem novas formas que destroem as condições dignas e psicossociais da existência humana.

Diretrizes para Relações entre Educadores e Estudantes

Para garantir a integridade e a ética nas relações entre professores e alunos no Instituto Soyuz, fica estabelecido pela Coordenação Geral, de forma unânime, que é inviável qualquer envolvimento amoroso ou afetivo entre educadores e estudantes após a matrícula destes. Esta diretriz visa prevenir situações que possam ser interpretadas como abuso de poder na relação educador-estudante, além de evitar possíveis condutas de favoritismo e promover um ambiente de ensino que respeite o princípio da horizontalidade e da imparcialidade entre todos os discentes. O Instituto Soyuz reafirma seu compromisso com um ambiente educacional justo e equitativo, onde estudantes e educadores possam se sentir seguros e valorizados.

Relações Pré-existentes ao Ato de Matrícula

Nos casos em que já existam relacionamentos entre educadores e estudantes antes da matrícula, é imprescindível que as partes mantenham a ética nesse ecossistema. Ambas devem ser responsáveis por suas condutas, evitando situações de favoritismo ou bajulações descabidas que fomentem desigualdade entre os demais alunos e possíveis constrangimentos. Onde, caso seja necessário, a Coordenação Geral e a Secretaria Política Pedagógica agirão de maneira particular e minuciosa a cada possível situação e conforme as nossas diretrizes.

Relações Amorosas Saudáveis

Reconhecemos que relações amorosas saudáveis podem surgir em nosso ambiente, impulsionadas por conexões além da pura racionalidade e respeitamos isso. No entanto, como nos chama a atenção a teorica feminista classista Bell Hooks, o amor é uma ação e não apenas um sentimento. O  amor deve ser entendido como um verbo, implicando responsabilidade, comprometimento e comunicação. Utilizando dessa reflexão enfatizamos que é necessário o diálogo com a Secretaria Política Pedagógica para o acompanhamento geral e se essas relações não comprometem nossos princípios. Caso necessário, um consenso deverá ser alcançado sobre a mudança de educador ou classe a partir dessa comunicação entre Secretaria, Educador(a), Estudante e demais frente institucionais caso necessário.

Observação: A Coordenação Geral do Instituto Soyuz, bem como a sua Secretária Político-Pedagógica, se comprometem a lidar com todos os casos positivos e negativos do que se diz respeitos as relações afetivas entre estudantes e educadores de maneira séria, litigiosa, ética e sem exposição das partes envolvidas. 

Acompanhamento nas Redes Sociais

Diante dos recentes pronunciamentos de líderes de grandes empresas de tecnologia, como Mark Zuckerberg e Elon Musk, levantamos preocupações sobre os riscos enfrentados por minorias e a normalização de condutas violentas nas plataformas digitais. Essa permissividade marginaliza grupos vulneráveis e contribui para um ambiente onde a violência se torna aceitável. O Instituto Soyuz compromete-se a monitorar as condutas dentro e fora das salas de aula, incluindo posturas nas redes sociais. O acompanhamento das redes sociais será parte integral do processo educativo desde a aceitação das matrículas até a elaboração dos currículos, assegurando um ambiente respeitoso e ético.

Aprovado em 23 de janeiro de 2025 

Que as barreiras que nos separam sejam derrubadas pelas pontes que construímos com a amizade entre os povos. Que a Educação Popular e o internacionalismo proletário sejam as chamas brasis que iluminem nosso caminho!

Пусть барьеры, которые нас разделяют, будут разрушены мостами, которые мы строим через дружбу между народами. Пусть народное образование и пролетарский интернационализм станут пламенем, освещающим наш путь!

Fie ca barierele care ne separă să fie dărâmate de punțile pe care le construim prin prietenia dintre popoare. Fie ca Educația Populară și internaționalismul proletar să fie flăcările care ne luminează calea!

Que las barreras que nos separan sean derribadas por los puentes que construimos con la amistad entre los pueblos. ¡Que la Educación Popular y el internacionalismo proletario sean las llamas que iluminan nuestro camino!

Que les barrières qui nous séparent soient renversées par les ponts que nous construisons grâce à l’amitié entre les peuples. Que l’Éducation Populaire et l’internationalisme prolétarien soient les flammes qui illuminent notre chemin!

May the barriers that divide us be torn down by the bridges we build through friendship among peoples. Let Popular Education and proletarian internationalism be the flames that light our path!

لتكن الحواجز التي تفصلنا تُهدم بالجسور التي نبنيها من خلال الصداقة بين الشعوب. لتكن التربية الشعبية والأممية البروليتارية هي النيران التي تضيء طريقنا!

זאָלן די חסימות וואָס צעטיילן אונדז ווערן אראפגענומען דורך די בריקן וואָס מיר בויען דורך דער פריינדשאַפֿט צווישן די פעלקער. זאָלן פאָלקסבילדונג און דער פּראָלעטאַרישער אינטערנאַציאָנאַליזם זיין די פלאַמען וואָס לייטן אונדזער וועג!

让分隔我们的障碍被我们通过各民族之间的友谊建立的桥梁摧毁。让人民教育和无产阶级国际主义成为照亮我们道路的火焰!

私たちを隔てる壁が、民族間の友情によって築かれた橋によって打ち壊されますように。人民教育とプロレタリア国際主義が私たちの道を照らす炎となりますように!

Ke la baroj, kiuj disigas nin, estu malkonstruitaj per la pontoj, kiujn ni konstruas pere de la amikeco inter la popoloj. Ke la Popola Edukado kaj la proletara internaciismo estu la flamoj, kiuj lumigas nian vojon!